quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

PRINCIPAIS CAUSA DAS ENCHENTES



Principais causas das enchentes:

Alto índice pluviométrico da região

Desmatamento

Assoreamento do leito dos rios

Retificação dos rios. Na natureza, os rios com considerável volume de água são curvilíneos, ou seja, caminham como uma serpente. Esse trajeto diminui de forma considerável a velocidade da água. Retificá-lo significa aumentar sua velocidade, o que agrava a situação nos pontos de estrangulamento (conversão de águas)

Alto grau de impermeabilização do solo pela malha asfáltica e de concreto

Ocupação desordenada e crescimento populacional de migrantes

Alto grau de pobreza da periferia da cidade, o que impossibilita as pessoas terem recursos para destinar o lixo, por exemplo

Falta de consciência e educação ambiental dos administradores e da população em geral

Omissão do Poder Público na gestão urbana e falta de saneamento básico adequado.

As enchentes, na maioria das vezes, ocorrem como conseqüência da ação humana.

Inundação

Das dificuldades que uma enchente provoca podemos destacar:

Perda de vidas

Abandono dos lares inundados

Perda de materiais, objetos e móveis encharcados ou arrastados pelas águas

Contaminação da água por produtos tóxicos

Contaminação da água com agentes patológicos que provocam doenças como amebíase, cólera, febre amarela, hepatite A, malária, poliomielite, salmonelose, teníase, leptospirose, entre outras

Contaminação de alimentos pelos mesmos agentes patológicos acima citados

Interrupção da atividade econômica das áreas inundadas.

As áreas urbanas são mais propícias a enchentes porque o solo dessas regiões são impedidos pelo asfalto e outros tipos de pavimentações de absorverem a água e também pela falta de vegetação ou pouca vegetação que contribui com a absorção da água.

Inundação

Podemos destacar as duas principais formas de inundações:

Inundações de áreas ribeirinhas

Os rios geralmente possuem dois leitos, o leito menor onde a água escoa na maioria do tempo e o leito maior, que é inundado em média a cada 2 anos. O impacto devido à inundação ocorre quando a população ocupa o leito maior do rio, ficando sujeita às enchentes;

Inundações devido à urbanização

As enchentes aumentam a sua freqüência e magnitude devido à ocupação do solo com superfícies impermeáveis e rede de condutos de escoamentos. O desenvolvimento urbano pode também produzir obstruções ao escoamento como aterros e pontes, drenagens inadequadas e obstruções ao escoamento junto a condutos e assoreamentos. Ocorrem, principalmente, pelo processo natural no qual o rio ocupa o seu leito maior, de acordo com os eventos chuvosos extremos, em média com tempo de retorno superior a dois anos (ultimamente este tempo tem diminuído). Normalmente ocorre em grandes bacias (> 500 km2), sendo decorrência de processo natural do ciclo hidrológico. Os impactos sobre a população são causados, principalmente, pela ocupação inadequada do espaço urbano. Essas condições ocorrem, em geral, devido às seguintes ações: como, a existência de loteamentos em áreas de risco de inundação; invasão de áreas ribeirinhas principalmente pela população de baixa renda; ocupação de áreas de médio risco, que são atingidas com freqüência menor, mas que quando o são, sofrem prejuízos significativos.

Para impedir ou diminuir os efeitos das enchentes e que inúmeras famílias percam seus patrimônios, pode-se construir barragens e reservatórios em áreas de maior risco, bueiros, diques e piscinões espalhados pela cidade com sua abertura protegida para impedir a entrada de resíduos sólidos, além de se promover a conscientização da população para que não deposite lixo nas vias públicas e leitos de rios, lagos e represas. Outras ações também são importantes para se minimizar os efeitos das enchentes, entre elas a regulamentação e fiscalização por meio do poder público do uso do solo, limitando a ocupação de áreas inundáveis a usos que não impeçam o armazenamento natural da água pelo solo e que sofram pequenos danos em caso de inundação. Esse zoneamento pode ser utilizado para promover usos produtivos e menos sujeitos a danos, permitindo a manutenção de áreas de uso social, como áreas livres no centro das cidades, reflorestamento, e certos tipos de uso recreacional.

Resumindo, para minimizar o problema:

Manutenção das áreas verdes existentes e preservação das áreas de preservação permanente

Criação de novas áreas verdes para aumentar a permeabilização

Construir represas, diques e piscinões, substituindo uma das funções das antigas várzeas, que é aliviar o quadro de inundações nos picos de cheia. Essas estruturas captam a água que ficaria empoçada na cidade, despejando-a pouco a pouco nos rios

Assistir a grande massa de pobres da periferia, melhorando o saneamento básico e garantindo a coleta de resíduos sólidos

Implementar programa de limpeza intensiva de bueiros e galerias entupidos com lixo jogado pela própria população

Estimular a educação ambiental nos órgãos públicos, entidades particulares e escolas

Estreitar o relacionamento entre o Poder Público e as associações de bairro

Levantar e definir os locais problemáticos em termos de enchentes e criar mecanismos técnicos mais eficazes para a vazão da água

Elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor de Drenagem Urbana, estabelecendo os índices de ocupação do solo e os parâmetros para a macrodrenagem urbana

Elaborar e implementar plano de contingência e programa de combate a inundações

Impedir o acesso de carros e pessoas nos locais críticos nos momentos de grandes precipitações pluviométricas

Manter o Poder Público em sintonia com o serviço de meteorologia.

Fonte: www.vivaterra.org.br

Inundações

Enchentes e Inundações

A atividade antrópica vêm provocando alterações e impactos no ambiente há muito tempo, existindo uma crescente necessidade de se apresentar soluções e estratégias que minimizem e revertam os efeitos da degradação ambiental e do esgotamento dos recursos naturais que se observam cada vez com mais freqüência.

O problema das inundações em áreas urbanas existe em muitas cidades brasileiras e suas causas são tão variadas como assoreamento do leito dos rios, impermeabilização das áreas de infiltração na bacia de drenagem ou fatores climáticos. O homem por sua vez procura combater os efeitos de uma cheia nos rios, construindo represas, diques, desviando o curso natural dos rios, etc. Mesmo com todo esse esforço, as inundações continuam acontecendo, causando prejuízos de vários tipos.

O melhor meio para se evitar grandes transtornos por ocasião de uma inundação é regulamentar o uso do solo, limitando a ocupação de áreas inundáveis a usos que não impeçam o armazenamento natural da água pelo solo e que sofram pequenos danos em caso de inundação. Esse zoneamento pode ser utilizado para promover usos produtivos e menos sujeitos a danos, permitindo a manutenção de áreas de uso social, como áreas livres no centro das cidades, reflorestamento, e certos tipos de uso recreacional.

Inundações de áreas ribeirinhas

Os rios geralmente possuem dois leitos, o leito menor onde a água escoa na maioria do tempo e o leito maior, que é inundado em média a cada 2 anos. O impacto devido a inundação ocorre quando a população ocupa o leito maior do rio, ficando sujeita a inundação

Inundações devido à urbanização

As enchentes aumentam a sua freqüência e magnitude devido a ocupação do solo com superfícies impermeáveis e rede de condutos de escoamentos. O desenvolvimento urbano pode também produzir obstruções ao escoamento como aterros e pontes, drenagens inadequadas e obstruções ao escoamento junto a condutos e assoreamentos; Estas enchentes ocorrem, principalmente, pelo processo natural no qual o rio ocupa o seu leito maior, de acordo com os eventos chuvosos extremos, em média com tempo de retorno superior a dois anos. Este tipo de enchente, normalmente, ocorre em bacias grandes ( > 500 km2), sendo decorrência de processo natural do ciclo hidrológico. Os impactos sobre a população são causados, principalmente, pela ocupação inadequada do espaço urbano. Essas condições ocorrem, em geral, devido às seguintes ações: como, no Plano Diretor Urbano da quase totalidade das cidades brasileiras, não existe nenhuma restrição quanto ao loteamento de áreas de risco de inundação, a seqüência de anos sem enchentes é razão suficiente para que empresários loteiem áreas inadequadas; invasão de áreas ribeirinhas, que pertencem ao poder público, pela população de baixa renda; ocupação de áreas de médio risco, que são atingidas com freqüência menor, mas que quando o são, sofrem prejuízos significativos.

Os principais impactos sobre a população são:

  • prejuízos de perdas materiais e humanas
  • interrupção da atividade econômica das áreas inundadas
  • contaminação por doenças de veiculação hídrica como leptospirose, cólera, entre outros
  • contaminação da água pela inundação de depósitos de material tóxico, estações de tratamentos entre outros

O gerenciamento atual não incentiva a prevenção destes problemas, já que a medida que ocorre a inundação o município declara calamidade pública e recebe recursos a fundo perdido e não necessita realizar concorrência pública para gastar. Como a maioria das soluções sustentáveis passam por medidas não-estruturais que envolvem restrições a população, dificilmente um prefeito buscará este tipo de solução porque geralmente a população espera por uma obra.

Enquanto que, para implementar as medidas não-estruturais, ele teria que interferir em interesses de proprietários de áreas de risco, que politicamente é complexo a nível local. Além disso, quando ocorre a inundação ele dispõe de recursos para gastar sem restrições.

Para buscar modificar este cenário é necessário um programa a nível estadual voltado a educação da população, além de atuação junto aos bancos que financiam obras em áreas de risco.

Impactos devido a urbanização

O planejamento urbano, embora envolva fundamentos interdisciplinares, na prática é realizado dentro de um âmbito mais restrito do conhecimento. O planejamento da ocupação do espaço urbano no Brasil não tem considerado aspectos fundamentais que trazem grandes transtornos e custos para a sociedade e para o ambiente.

O desenvolvimento urbano brasileiro tem produzido um aumento caótico na freqüência das inundações, na produção de sedimentos e na deterioração da qualidade da água superficial e subterrânea. A medida que a cidade se urbaniza, ocorre o aumento das vazões máximas (em até 7 vezes) devido a impermeabilização e canalização. A produção de sedimentos também aumenta de forma significativa, associada aos resíduos sólidos e a qualidade da água chega a ter 80% da carga de um esgoto doméstico.

Estes impactos têm produzido um ambiente degradado, que na condições atuais da realidade brasileira somente tende a piorar. Este processo infelizmente não está sendo contido, mas está sendo ampliado à medida que os limites urbanos aumentam ou a densificação se torna intensa. A gravidade desse processo ocorre principalmente nas médias e grandes cidades brasileiras. A importância deste impacto está latente através da imprensa e da TV, onde se observam, em diferentes pontos do país, cenas de enchentes associadas a danos materiais e humanos. Considerando ainda, que cerca de 80% da população encontra-se nas cidades, a parcela atingida é significativa.

O potencial impacto de medidas de planejamento das cidades é fundamental para a minimização desses problemas. No entanto, observa-se hoje que nenhuma cidade brasileira possui um Plano Diretor de Drenagem Urbana.

As ações públicas atuais estão indevidamente voltadas para medidas estruturais como a canalização, no entanto esse tipo de obra somente transfere a enchente para jusante. O prejuízo público é dobrado, já que além de não resolver o problema os recursos são gastos de forma equivocada. Esta situação é ainda mais grave quando se soma o aumento de produção de sedimentos (reduz a capacidade dos condutos e canais) e a qualidade da água pluvial (associada aos resíduos sólidos).

Esta situação é decorrente, na maioria dos casos, da falta de consideração dos aspectos hidrológicos quando se formulam os Planos Diretores de Desenvolvimento Urbano. Deste modo são estabelecidos, por exemplo, índices de ocupação do solo incompatíveis com a capacidade da macrodrenagem urbana.

Fonte: www.omniplast.com.br

INCÊNDIOS FLORESTAIS




O que é?

É a propagação do fogo, em áreas florestais e de savana (cerrados e caatingas), normalmente ocorre com freqüência e intensidade nos períodos de estiagem e está intrinsecamente relacionada com a redução da umidade ambiental.

Os incêndios podem iniciar-se de forma espontânea ou ser conseqüência de ações e/ou omissões humanas, mas mesmo nesse último caso, os fatores climatológicos e ambientais são decisivos para incrementá-los, facilitando sua propagação e dificultando seu controle.

Os incêndios florestais podem ser causados por:

Causas naturais, como raios, reações fermentativas exotérmicas, concentração de raios solares por pedaços de quartzo ou cacos de vidros em forma de lente e outras causas

Imprudência e descuido de caçadores, mateiros ou pescadores, através da propagação de pequenas fogueiras, feitas em acampamentos

Fagulhas provenientes de locomotivas ou de outras maquinas automotoras, consumidoras de carvão ou lenha

Perda de controle de queimadas, realizadas para “limpeza” de compôs

Incendiários e/ou piromaníacos.

Danos

Os incêndios florestais causam danos materiais, ambientais e humanos.

Os danos materiais são:

Destruição das árvores em fase de crescimento ou em fase de utilização comercial, reduzindo a produção de madeira, celulose, essências florestais e outros insumos

Redução da fertilidade do solo, como conseqüência da destruição da matéria orgânica reciclável obrigando a um maior consumo de fertilizantes

Redução da resistência das árvores ao ataque de pragas, obrigando a um maior consumo de praguicidas.

Os danos ambientais são:

  • redução da biodiversidade
  • alterações drásticas dos biótopos, reduzindo as possibilidades de desenvolvimento equilibrado da fauna silvestre
  • facilitação dos processos erosivos
  • redução da proteção dos olhos d’água e nascentes.

Os danos humanos são:

  • perdas humanas e traumatismos provocados pelo fogo ou por contusões
  • desabrigados e desalojados
  • redução das oportunidades de trabalho relacionada com o manejo florestal

Perguntas freqüentes

1 - Posso fazer uma queimada em meu pasto?

Sempre consulte a secretaria estadual ou municipal do meio ambiente antes de fazer queimada, pois você poderá está cometendo crime ambiental.

2 - O que eu posso fazer para evitar um incêndio florestal?

Construção de aceiros, que devem ser mantidos limpos e sem materiais combustíveis

Construção de faixas limpas e sem materiais combustíveis

Plantação de cortinas de segurança com vegetação menos inflamável

Construção de barragens de água que atuem como obstáculos à propagação do fogo e como reserva de água para o combate ao incêndio

Construção de estradas vicinais, no interior de florestas, facilita a fiscalização e favorece o carreamento dos meios de controlar os incêndios

Utilização de medidas de vigilância: fixa, por meio de torres de observação; ou móvel, por meio de patrulhamento terrestre ou aéreo. O CPTEC (www.cptec.inpe.br) identifica focos de incêndios por satélite

Aviso imediato, em caso de incêndio florestal, ao Corpo de Bombeiros, Defesa Civil ou Polícia

Seguir as instruções dos bombeiros ou Defesa Civil.

3 - O que não fazer?

Nunca tente combater um incêndio sozinho.

Fonte: www.defesacivil.gov.br

Incêndios Florestais

Incêndios Florestais

As diferentes formas de incêndio não serão tratadas, apenas os incêndios florestais porque envolvem a queima de florestas e o comprometimento do eco-sistema.

Os incêndios florestais se desenvolvem quando as condições são favorecidas para o seu advento, tais como a estiagem prolongada e aumento significativo da temperatura média das florestas. Alguns fatores são muito favoráveis para o desenvolvimento de um incêndio, não apenas porque o elemento florestal é o principal fator de alimentação das chamas, mas porque a própria vegetação possui álcool como um dos elementos químicos da composição da grama, da relva, servindo portanto de elemento combustível para as chamas tanto quanto a celulose das árvores.

A maior parte dos incêndios florestais de grande dimensão, ocorridos nos EUA, na Austrália, na China, no Brasil, em Portugal, entre outros, sempre teve como um dos fatores a ausência de chuvas no período que antecedeu à tragédia climática.

Particularmente, a ocorrência de incêndios em países como Portugal, preocupam, porque possuem um elemento mais favorável ainda do que uma simples vegetação seca, são as oliveiras e as vinhas. Tanto uma quanto a outra cultura possuem elevado nível de álcool combustível (vinhas), e óleo combustível (olivas). Vale lembrar que o uso de óleo de oliveiras para candeeiros é muito antigo em todo o Mar Mediterrâneo.

Quando uma área florestal estiver muito seca, qualquer produto lançado pelo homem nas proximidades da mata pode causar um incêndio colossal. Um pedaço de vidro atirado da janela de um veículo, uma lata, uma ponta de cigarro aceso ou mau apagado podem servir de elementos iniciais para a tragédia.

Uma garrafa ao ser lançada do interior de um veículo para as margens de uma rodovia por exemplo, pode fazer com que os estilhaços do vidro quebrado, se posicionem angularmente em relação ao solo. Se tão somente uma folha seca estiver presente abaixo deste pedaço de vidro, os raios solares acionarão com o vidro servindo como uma lente, produzindo a chama.

Uma lata que for lançada para fora, pode produzir faíscas no impacto de seu encontro ao solo. Elas por si só seriam suficientes se a vegetação próxima estiver muito seca e os gases produzidos pela evaporação de suas folhagens produzir o metano. Mas é com a sua presença junto à vegetação seca que uma lata se assemelha ao vidro quebrado e produz os raios solares contra as folhas secas iniciando as chamas.

A forma mais danosa e mais rápida para os efeitos de uma queimada são os que se produzem pelas pontas de cigarro. Por sua condição lógica e tendo o principio ativo em forma plena (brasa viva), a queima de uma área extensa iniciada pelas rodovias é algo inevitável.

As perdas com a queimada são irreparáveis na observação histórica da vegetação formada. Isso porque existem árvores, vegetais e plantas cuja formação foi devida a um prolongado processo de transferência genética realizada tanto por animais, como por insetos, conferindo pela polinização e pelas sementes a formação de árvores diferentes, vegetais que não são observados em áreas mais próximas, ou seja, uma floresta quando é muito antiga, possui características vegetais mais diversificadas, o que acaba sendo impedido com uma queimada.

É evidente que ao longo de uma dezena de anos, a floresta acaba se reconstituindo, porém os efeitos devastadores da queimada pelo incêndio, acabam impedindo a continuidade do processo evolutivo de plantas em fase de desenvolvimento e de se estabelecerem no habitat nativo em questão.

Ainda como prejuízos a serem contabilizados neste tipo de trajédia, ainda existem a diversidade de insetos, animais e aves que deixam de existir em uma área que demorou milhares de anos para conseguir desenvolver suas espécies.

A floresta Amazônica é um exemplo claro da diversidade e dinamismo que resultam da longevidade de uma mata nativa. Muitas plantas que existem nesta floresta ainda não foram catalogadas, existem insetos que também não foram sequer observados pelos pesquisadores. Existe uma unânimidade entre as equipes de pesquisa, que afirmam a possibillidade de encontrar um novo vegetal, um novo inseto, uma nova forma de animal ou de ave à cada incursão na floresta Amazônica.

Os impactos ambientais não se resumem à tragédia e perda material quando as chamas invadem áreas povoadas, vilarejos e até mesmo algumas cidades, pois o problema do incêndio florestal também está na fumaça produzida pelas chamas. Ela tem alto grau de elementos tóxicos como o carbono e o enxofre, causando um ar irrespirável nas imediações da floresta, comprometendo as vias respiratórias e até mesmo a visão.

Para o combate aos incêndios florestais, é imprescindível um número expressivo de pessoas disponíveis para a atividade de combate, pois o fogo não pode ser contido por um elemento que não se apresenta em volume suficiente para ser exterminado que é a água. Deste modo, o uso de panos úmidos, pás e enxadas é mais eficiente, porque promove a contenção da área devastada pelas chamas.

Evidentemente que se houvesse água suficiente para conter um incêndio ele perderia sua força ativa, mas na verdade isso não ocorre, porque o que poderia contribuir contra sua atividade, seriam as chuvas que não incidem nos períodos de verão (época mais comum para os grandes incêndios florestais), em valores capazes de conter a força da queimada.

Em incêndios florestais ocorridos nos EUA e na Austrália, são muito comuns o uso de helicópteros que captam água de oceanos para lançar contra as chamas, mas elas acabam apenas reduzindo a temperatura média no interior do grande foco, algo que é recuperado em poucos minutos, ou seja, é uma medida insuficiente quando a tragédia possui dimensão colossal cobrindo extensas áreas. O mesmo helicóptero que procura retirar água de um oceano para conduzir à área da tragédia, precisa ser auxiliado por um número muito maior de aeronaves que se destinem ao mesmo trabalho, sem o que, ao retornar a chama na área em que foi lançada a água, já terá alcançado a mesma temperatura.

A melhor maneira de se evitar grandes tragédias, é dar ênfase ao problema do incêndio florestal logo no seu início, pois os prejuízos e as perdas inclusive humanas, serão muito menores se um grande número de pessoas estiver envolvido no trabalho de contenção do incêndio.

Esperar que ele tome proporções gigantescas para se pedir auxílio externo, é portanto uma medida incorreta quando o que se precisa é evitar uma tragédia.

Fonte: ilhadeatlantida.vilabol.uol.com.br

GRANIZO

Granizo

Precipitação sólida de grânulos de gelo, transparentes ou translúcidos, de forma esférica ou irregular, raramente cônica, de diâmetro igualou superior a 5mm.

O granizo é formado nas nuvens do tipo “cumulonimbus”, as quais se desenvolvem verticalmente, podendo atingir alturas de até 1.600m. Em seu interior ocorrem intensas correntes ascendentes e descendentes. As gotas de chuva provenientes do vapor condensado no interior dessas nuvens, ao ascenderem sob o efeito das correntes verticais, congelam-se ao atingirem as regiões mais elevadas.

O granizo, também conhecido por “saraivada”, é a precipitação de pedras de gelo, normalmente de forma esferóide, com diâmetro igual ou superior a 5mm, transparentes ou translúcidas, que se formam no interior de nuvens do tipo cumulonimbus.

Podem subdividir-se em dois tipos principais:

  • Gotas de chuvas congeladas ou flocos de neve quase inteiramente fundidos e recongelados
  • Grânulos de neve envolvidos por uma camada delgada de gelo

Danos

O granizo causa grandes prejuízos à agricultura. No Brasil, as culturas de frutas de clima temperado, como maçã, pêra, pêssego, kiwi, e a fumicultura são as mais vulneráveis ao granizo.

Dentre os danos materiais provocados pela saraivada, os mais importantes correspondem à destruição de telhados, especialmente quando construídos com telhas de amianto ou de barro e aos fruticultores.

Poderão ainda ocorrer: congestionamentos no trânsito devido ao acúmulo de gelo nas ruas, queda de árvores, destelhamentos, perda de lavoura, alagamentos, danos às redes elétricas, amassamento de latarias de veículos e quebra de vidros de veículos.

Perguntas freqüentes

1- O que fazer quando ocorrer uma chuva de granizo?

Abrigar-se da chuva torrencial que poderá acompanhar ao granizo e causar inundações

Não abrigar-se debaixo de árvores, pois há riscos de quedas

Não abrigar-se em frágeis coberturas metálicas

Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda, pois estas estarão sob influência de ventos fortes.

Evite engarrafamentos em ruas e avenidas que foram afetadas pela chuva de granizo;

2- Existe risco de desabamentos de telhados?

Tenha cuidado com construções mal acabadas ou construídas, procure abrigar-se em locais seguros resistentes a fortes ventos, onde não há riscos de destelhamentos

3- O que devo fazer ao verificar os riscos de desabamentos de construções e telhados?

Avise aos seus vizinhos sobre o perigo, no caso de casas construídas em áreas de riscos. Avise, também, imediatamente ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil.

Convença as pessoas que moram nas áreas de risco a saírem de casa durante as chuvas.

Você pode fazer junto com a sua comunidade um plano de evacuação.

4- O que é um plano de evacuação?

Se você está morando numa área de risco, tenha com sua vizinhança um plano de evacuação com um sistema de alarme. É um plano que permite salvar a sua vida e de seus vizinhos. Caso a localidade onde você mora ainda não tem esse plano, converse com o Prefeito e o Coordenador de Defesa Civil.

5- Sou fruticultor, existe alguma forma de minimizar os prejuízos?

As cooperativas de fruticultores podem realizar parcerias com as instituições de meteorologia e adquirir foguetes para bombardearem as nuvens de granizo com substâncias higroscópicas (iodeto de prata), objetivando provocar a precipitação da chuva e evitar a formação de granizo.

Fonte: www.defesacivil.gov.br

Granizo

Granizo

Os granizos são partículas ou gotículas de água formadas nas nuvens que se resfriam ao serem lançadas à maiores altitudes e se congelam devido às razões térmicas inferiores à 0ºC, quando estas mesmas gotículas sobem para cima da linha Isotérmica que é de 0ºC, onde a temperatura acima dela será menor e abaixo dela será maior.

São formadas principalmente nas nuvens denominadas Cumulonimbus. Sempre que uma nuvem como esta estiver carregada de umidade e receber a ação de uma massa de ar quente vindo em ascendente, teremos o lançamento de parte do volume gerado nas gotículas de água para as camadas superiores da atmosfera, que retornam pela gravitação e acumulam maior quantidade de elemento líquido acrescendo seu volume. Quando este volume é mais expressivo do que os ventos convectivos que ascendem no interior das nuvens, ele acaba descendo, podendo ou não se fragmentar com a resistência atmosférica na sua descida de encontro ao solo.

Estas nuvens apesar de carregadas em volume, são lançadas para cima pela massa de ar quente e avolumam em forma de um cogumelo de quilômetros de diâmetro e altitude ainda maior atingindo a troposfera (chegam a atingir altitudes iguais ou superiores à 15 km no seu volume total). A maior parte da concentração de vapor na atmosfera se apresenta até 2 km de altitude, sendo muito reduzido para altitudes acima de 5 km

Ao vir em uma descendente, as partículas formadas pelo resfriamento no interior das nuvens (têm estas condições propícias porque estão à altitudes elevadas), estas pequenas partículas de gelo podem acrescentar volume também porque descem e atraem para si parte do ar úmido.

O processo de desenvolvimento do granizo segue a seguinte ordem:

1- as gotas de chuva são arremessadas pelo vento até as camadas superiores da nuvem (13 ou 15 km de altitude), lá, elas se refriam a 0ºC ou menos, e se tornam pedras de gelo;

2- elas ficam pesadas, caem e acabam agregando ainda mais água em torno delas;

3- pegam outra corrente de ar ascendente e sobem, congelando as gotas que acabaram de se juntar formando os cristais de gelo, permanem neste estado até que seu volume seja expressivo e perceba a força atrativa da gravitação e venham finalmente à despencar.

No momento da queda, a base da nuvem pode estar à 600 ou 700 metros, mas as pedras de gelo podem estar caindo diretamente do topo, à 10, 13 ou 15 Km de altura.

Dependendo da atividade e das condições em que vier a ser formada, as pedras de gelo são tão pequenas que não atingem o solo na forma degelada, mas sim como gotas líquidas muito geladas.

Pela presença e desenvolvimento propício no interior destas nuvens é muito perigoso a incursão de uma aeronave em seu núcleo, porque pode enfrentar um grande volume de partículas de gelo em formação e que podem comprometer qualquer aeronave, pois a velocidade de vôo será a velocidade do impacto de cada uma das pedras de gelo desenvolvidas.

É muito comum percebermos algumas das pedras de gelo na forma esbranquiçada e não na forma vítrea, isso se deve ao fato de que ao virem em uma descendência, podem ocorrer a fusão de elementos gasosos na superfície das partículas e com isso, temos sua ascendência formando não uma pedra de gelo, mas um floco de neve. Ela pode vir a ser envolvida por outras moléculas de água que se aglutinam em torno da composição e acabam formando uma constituição mais sólida que obterá maior volume e cairá na forma de uma pedra de gelo.

Abaixo da linha Isotérmica de 0ºC, temos a constituição de partículas de água e vapor na forma de gotículas. As nuvens que se encontrarem acima da linha Isotérmica de 0ºC, estarão mais resfriadas e com a apresentação de vapor resfriado na forma de cristais de gelo.

Fonte: ilhadeatlantida.vilabol.uol.com.br

COMO A GEADA OCORRE ?

A geada do ponto de vista meteorológico ocorre quando a temperatura atinge 0ºC sobre as superfícies expostas. Após o congelamento do orvalho e com a continuação da queda da temperatura, o vapor d'água do ar em contato com a superfície fria passa diretamente para o estado sólido, se depositando sobre as superfícies e conferindo um aspecto esbranquiçado sobre a paisagem. Para a agricultura, o conceito de geada está relacionado com danos. Para o café, temperaturas nas folhas entre -3ºC e -4ºC matam os tecidos. No tronco, pode ocorrer a morte a partir de -2ºC.

Como a geada ocorre?

A geada ocorre devido à queda de temperatura abaixo do nível de dano da cultura. No Paraná, sempre está associada com a passagem de massas polares de grande intensidade, que se deslocam preferencialmente de Sudoeste para Nordeste. Quando há queda intensa de temperatura provocada pela massa de ar polar, em ausência de nuvens e baixa umidade do ar, o resfriamento noturno é intenso, podendo atingir o nível de dano de muitas espécies vegetais.

Geada branca e Geada negra

Estes tipos de geada são denominados em função da aparência. A geada branca é a típica geada de radiação, com deposição de gelo sobre as plantas, o que confere uma coloração branca sobre a vegetação. Muitas vezes a geada branca não provoca danos para culturas mais tolerantes, pois embora a água congele a 0ºC, a temperatura letal pode estar bem abaixo deste valor.

A geada negra típica ocorre quando o ar está muito seco e a planta morre antes que ocorra formação e congelamento do orvalho. Nas condições brasileiras normalmente se conhece como Geada Negra os danos de ventos frios que desidratam os tecidos expostos. Por isso também se chama a geada negra de
geada de vento.

Geada de canela

Em noites estáveis, com o resfriamento intenso devido à perda de calor para o espaço, o ar frio, por ser mais denso, acumula-se próximo à superfície, formando um gradiente, denominado de inversão térmica, por ser justamente a condição contrária do que ocorre durante o dia. Assim, a temperatura mínima próximo à superfície pode atingir valores negativos, enquanto próximo à copa dos cafeeiros os valores podem ser 3 a 4ºC mais elevados. Quando a temperatura junto ao tronco cai abaixo de -2ºC ocorrem danos aos tecidos externos que podem levar a planta à morte. Este dano é denominado de “geada de canela” ou “canela de geada”.

Fonte: www.agroredenoticias.com.br

Geada

Conceito

Geada é um fenômeno que ocorre em boa parte do mundo, mas tem diferentes conseqüências. Algumas regiões sofrem sérios danos na agricultura, como por exemplo o sul do Brasil, Uruguai, centro-norte da Argentina, sudeste dos Estados Unidos, algumas regiões da Austrália e sudeste da China, entre outros. As culturas de climas tropicais e subtropicais são as mais afetadas, como por exemplo o café e a laranja, que tem pouca resistência a baixa temperatura.

Definição

Geada é o congelamento do orvalho na superfície e pode atingir diferentes intensidades. Para ocorrer este congelamento não é necessário que a temperatura no ar esteja igual ou menor que 0°C. Isto porque na superfície a temperatura pode ser até 5°C menor que no ar, dependendo da perda radioativa que a superfície perde. A temperatura na superfície é chamada de temperatura na relva. Então com temperaturas de até +5°C pode-se ocorrer geadas. Quando se forma apenas um camada de gelo na superfície chama-se de geada branca e quando a seiva das plantas congela chama-se de geada negra. Este ultimo tipo, é a mais devastadora para as plantações, mas só ocorrem em cidades bem frias e no Brasil afeta apenas as cidades serranas do sul. A geada negra muitas vezes se forma devido ao vento muito gelado congelar as plantas e muitas vezes nem se forma gelo na superfície em função de ocorrer durante qualquer hora do dia quando o ar esta mais seco. A geada branca atinge diferentes intensidades. Geada fraca é quando a temperatura do ar esta entre +3°C e +5°C, mais ou menos. Moderada é quando a temperatura do ar esta entre +1°C e +3°C, mais ou menos e geada forte é quando a temperatura do ar esta menor ou igual a 0°C. As geadas fortes são as geadas negras. Porém já foram registradas geadas com temperaturas de +6°C, pois a temperatura na relva ficou até 7°C menor que no ar. Isto porque dependendo das condições de umidade relativa do ar a perda de temperatura na superfície é muito maior.

Indícios de geada no Brasil

As regiões afetadas pela geada é toda a região sul, parte de São Paulo, sul de Minas Gerais e sul do Mato Grosso do sul com raros registros em outras localidades. As geadas no Brasil ocorrem pela inclusão de massas de ar polar e a ocorrência do fenômeno depende da intensidade da massa de ar e da época do ano, sendo estas duas diferentes nas regiões do Brasil com maior ou menor probabilidade de geada. As condições para que ocorra a geada são as seguintes e é fácil prever se vai ou não ter geada no dia anterior. Para acontecer o fenômeno é preciso céu limpo sem nuvens e temperatura mais baixa. E para ver isso é fácil, pois em dias de geada durante o dia o céu fica totalmente claro e muito azul e a temperatura, mesmo com o sol, fica amena e sente-se um vento mais frio. Mas é com a chegada da noite que a ocorrência de geada pode ser confirmada. Caso o céu esteja bastante estrelado e a temperatura caia rapidamente ai é muito provável que tenha geada. Mas a temperatura precisa estar baixa. Isto ocorre, pois com a falta de nebulosidade, a perda de calor da superfície para a atmosfera é muito grande. Há uma forte perda radioativa. Nestes dias a temperatura tende a cair 1°C por hora. Então, caso note que as 18:00 horas a temperatura esta 15°C, até as 06:00 horas da manhã ela deve cair a aproximadamente 5°C, tendo assim uma geada fraca. As geadas moderadas costumam ter temperaturas abaixo de 12°C as 18:00 horas e as fortes tem temperaturas inferiores as 10°C as 18:00 horas e inferior a 5°C as 24:00 horas. Mas apenas observar a temperatura do ar não é seguro, pois as vezes apesar de cair a temperatura, na relva não tem a mesma queda. Colocando-se um termômetro simples a 10 cm do solo é possível avaliar a temperatura na relva e colocando-se o termômetro de hora em hora da para ter um prognostico de qual intensidade ou se vai ocorrer geada. As regiões mais frias e que tem maior ocorrência do fenômeno já pode ocorrer o fenômeno desde o inicio da madrugada, pois as veses a temperaturas as 24:00 esta igual ou menor que 0°C. Nas cidades serranas da região sul, durante o inverno, não é difícil ocorrer a formação da geada já no final da tarde, já que mesmo durante a tarde as temperaturas se mantém bem baixas e com o pôr do sol elas chegam facilmente a valores de 5°C, antes mesmo de a noite chegar. Muitas vezes durante o dia, as áreas abrigadas do sol mantém a camada de gelo. E é também estas cidades serranas do sul as unicas do Brasil a registrar a geada negra que ocorre a qualquer hora do dia.

Freqüência de Geadas no Brasil

Freqüência de Geadas no Brasil

Regiões com alta freqüência

Estas regiões que tem grande freqüência de geadas costumam registrar mais de 20 geadas por ano, sendo que em algumas localidades registra-se mais de 40 geadas. Porém esta área não é muito grande, abrangendo o nordeste do Rio Grande do Sul, planalto sul catarinense, meio oeste de Santa Catarina e o sul do Paraná. Esta regiões são áreas de serra com as menores temperaturas do Brasil e registros de mínimas inferior a 0°C. Há também uma média de ocorrências de neve. As temperaturas, nos dias mais frios, costumam chegar a -6°C, porém é possível ficar perto dos -10°C. O normal da ocorrência é desde abril até novembro.

Regiões com freqüência média

Estas regiões, são as quais as geadas ocorrem todo ano e tem freqüência superior a, pelo menos, 5 geadas por ano. Estas são as regiões que abrangem, todo o Rio Grande do sul, exceto a faixa leste e litorânea, todo o estado de Santa Catarina, exceto o litoral, todo o Paraná, exceto a faixa norte e o litoral e a serra da Mantiqueira no extremo norte-nordeste de São Paulo e o sul de Minas Gerais. As geadas são registradas desde o mês de maio até setembro. As temperaturas podem chegar a -1°C, nas áreas mais frias, porém em casos muito frios, chegam a até -4°C.

Regiões com freqüência baixa

Esta regiões não chegam a registrar mais de 5 geadas por ano, exceto em alguns anos de ocorrências anormais. Estas regiões são, todo o litoral da região sul, a faixa leste do Rio Grande do Sul, norte do Paraná, o sul e oeste de Mato Grosso do Sul e o centro, oeste e sul paulista. As temperaturas mínimas não ficam menor que 2°C, por isso não ocorre geadas forte, ou negras. Porém em casos isolados em raros anos a temperatura chegou a 0°C. Geadas podem ocorrer em, junho, julho e/ou agosto. Dificilmente registra-se nos 3 meses. É mais comum em julho, com raras ocorrências em agosto. Apenas na faixa leste do Rio Grande do Sul a geada é mais provável em qualquer um dos 3 meses e é possível ocorrer em maio e setembro. Mesmo tendo esta maior probabilidade, a faixa leste do RS não registra mais de 5 geadas/ano com freqüência.

Regiões de registros ocasionais

Algumas regiões não é comum ocorrer geadas porém o fenômeno pode ocorrer em casos esporádicos. Isto acontece no sul e leste de Goiás, leste de São Paulo, centro do Mato Grosso do Sul e triangulo mineiro. Geralmente ocorre em função de massas de ar polar muito fortes.

Geada
Geada em Passo Fundo, RS

Prevenção de danos para agricultura

Apesar de difícil, há como prevenir grandes perdas para agricultura. Primeiramente aconselha-se consultar institutos e centros de pesquisa governamentais, onde abaixo tem uma lista. Aqui mostramos pequenas coisas para fazer que ajudam. Para hortaliças aconselha-se cobri-las com um plástico formando uma estufa. Para as mudas de plantações, ao final da tarde, enterra-las na terra ou envolve-las com plástico ou papelão. Nas grande plantações, como a de café por exemplo é mais difícil de salvar, mas consultando um instituto especializado, existe formas de ajudar modificando a forma de plantação.

Fonte: www.climabrasileiro.hpg.ig.com.br

domingo, 6 de dezembro de 2009

ECLIPSE LUNAR

Eclipse Lunar
Eclipse total da Lua em 16 de maio de 2003

Eclipses: Um espetáculo de luz e sombra

Os eclipses são fenômenos celestes que, ao longo da história, causaram temor e admiração. O termo eclipse é de origem grega, significando desmaio ou abandono, e refere-se ao obscurecimento da luz, quando se observa o Sol ou a Lua durante o fenômeno. Ao observarem os eclipses, povos de diferentes épocas relacionaram o evento extraordinário à interferência de figuras mitológicas que estariam tentando “devorar” os astros e sua luz. Os escandinavos falavam de Skoll e Hati, dois lobos que, com o tempo, devorariam o Sol e a Lua. Os antigos chineses e siameses falavam de um dragão. Na mitologia hindu, era o demônio Rahu que perseguia o Sol e a Lua, por terem-no denunciado aos deuses pelo roubo do vinho da imortalidade. Os mexicanos pré-colombianos flagelavam-se e faziam sacrifícios, durante os eclipses, e os antigos romanos elevavam suas tochas ao céu, pedindo por suas vidas. Um costume que perdurou até a Idade Média, e que continuou em pequenas comunidades, foi o de fazer muita algazarra e barulho por ocasião dos eclipses. O toque dos gongos pelos chineses e os gritos e batidas produzidos por outros povos tinham por finalidade afugentar o monstro cosmológico que ameaçava engolir o Sol e a Lua.

Observados e registrados pelos antigos chineses, babilônios e gregos, os eclipses do Sol e da Lua constituem marcos que ajudaram a vincular a astronomia à história e à cronologia. Vários fatos históricos puderam ter sua época determinada através de antigos registros de eclipses. Os chineses e babilônios já conheciam a mecânica do fenômeno e podiam prevê-lo com antecedência. Os astrônomos babilônios transmitiram este conhecimento para os egípcios e gregos e, através deste caminho, a base para a previsão dos eclipses chegou até nós.

Observando a sombra circular da Terra sobre a Lua, por ocasião dos eclipses lunares, Pitágoras, e posteriormente Aristóteles, no séc. IV a.C., apontavam este fato como prova de que a Terra era esférica. Através do estudo dos eclipses lunares, foram feitas as primeiras estimativas das dimensões e das distâncias dos astros, a determinação precisa do equinócio de março, a descoberta da precessão dos equinócios e da aceleração secular da Lua. Atualmente, sua importância científica está ligada ao estudo da atmosfera terrestre.

Os eclipses totais da Lua serviram até o século XVII para estabelecer a longitude dos lugares de observação, ajudando os navegadores a determinar sua localização no mar ou na terra a ser explorada. Este método foi usado por navegadores como Cristóvão Colombo. Em 1504, quando estava na Jamaica, com seu exército revoltado pela falta de víveres para a viagem de volta, Colombo, sabendo da previsão de um eclipse lunar total, ameaçou os indígenas de privá-los da luz, caso não lhes dessem provisões para reabastecê-los. Assim que o eclipse iniciou, os indígenas atenderam seu pedido, acreditando que o navegador cumpria a ameaça. O eclipse ocorreu em 1o de março de 1504, observado na Jamaica e na Europa.

Seja pelo caráter físico, seja pelo caráter espetacular, o eclipse lunar total é um dos eventos mais belos que o céu oferece à Terra.

O que é um eclipse?

Um eclipse é o obscurecimento parcial ou total de um astro, pela interposição de um outro astro. Nas observações diretas do céu, pela sua magnitude, os eclipses mais notáveis são os do Sol e da Lua.

Como fonte luminosa do Sistema Solar, o Sol ilumina a Terra e a Lua, e, em decorrência disto, a Terra e seu satélite projetam sombras no espaço. Em constante movimento, nosso planeta e seu satélite ocupam diferentes posições no espaço e, em certas ocasiões, elas resultam no belo espetáculo do eclipse. Quando a Terra intercepta a sombra da Lua, há um eclipse solar. Quando é a Lua que atravessa a sombra da Terra, ocorre um eclipse lunar.

Eclipse Lunar

Um eclipse lunar ocorre quando a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua, projetando sua sombra sobre o satélite. Mas como se dá esta interposição?

Durante o ciclo lunar de 29,5 dias, a Lua apresenta suas fases em relação à Terra. Na fase Nova, acontece um alinhamento Sol-Lua-Terra, e o observador terrestre não pode ver a face iluminada da Lua, pois ela não está voltada para o nosso planeta. É como se o satélite estivesse "de costas" para a Terra, com a frente iluminada. A fase Cheia acontece quando a Terra toma a posição mediana do alinhamento. Alinham-se Sol-Terra-Lua e, desta forma, a face iluminada do satélite volta-se para a Terra. Todo o disco lunar fica visível e temos as belas noites de Lua Cheia.

Os eclipses lunares ocorrem sempre na fase Cheia, pois é nesta ocasião que a Terra está posicionada entre o Sol e a Lua. Mas há um fato que impede de haver um eclipse lunar a cada Lua Cheia. É a inclinação da órbita lunar.

O movimento que a Lua realiza em torno da Terra e o movimento que a Terra realiza em torno do Sol, não se dão no mesmo plano. O plano de órbita lunar tem uma inclinação de 5 graus em relação ao plano de órbita da terrestre.

Estas órbitas têm dois pontos de contato: os nodos lunares. Quando a Lua, em seu movimento, alinha-se com a Terra e o Sol e está próxima aos nodos ocorrem os eclipses, pois, nestas ocasiões, os astros estão praticamente num mesmo plano e as sombras que projetam no espaço podem atingir o outro astro. Dependendo da fase lunar, veremos então ou o Sol ou a Lua eclipsados.

Os eclipses solares ocorrem durante a fase Nova, e os lunares, durante a Lua Cheia.

O termo que designa o plano de órbita terrestre é eclíptica, e notamos que é próximo a este plano que podem ocorrer os eclipses. As duas palavras têm a mesma raiz grega: ekkleipsis.

Durante a Lua Cheia, quando nosso satélite está próximo a um dos nodos de sua órbita, a sombra projetada pela Terra pode atingir a Lua de três maneiras diversas, ocasionando um eclipse penumbral, parcial ou total. O eclipse total acontece quando a Lua mergulha totalmente na sombra cônica da Terra. O parcial ocorre quando apenas parte do disco lunar é eclipsado pela sombra da Terra, e o penumbral, quando apenas a penumbra terrestre atinge o satélite. Pela sua beleza, o eclipse lunar total é o mais notável dos três.

No momento em que ocorre o eclipse lunar, ele é visível em qualquer ponto da Terra que tenha a Lua acima do horizonte. Conforme o disco lunar é obscurecido pela sombra da Terra, a Lua não desaparece, mas toma diferentes tonalidades, próximas do vermelho. A coloração vermelha é resultado da luz solar refratada pela atmosfera terrestre e sua tonalidade depende, entre outros fatores, da quantidade de poeira presente na atmosfera. O astrônomo francês Danjon criou uma escala para atribuir a cada eclipse um coeficiente de brilho apresentado pela Lua na fase da totalidade. Nesta escala, que vai de zero a 4, os menores valores correspondem a um eclipse muito escuro e o maior valor ao eclipse claro, em que a Lua se apresenta vermelha ou alaranjada, com a borda da sombra brilhante.

ESCALA DE DANJON - Aspecto da Lua

0 Eclipse muito escuro. A Lua é quase invisível no momento da totalidade.
1 Eclipse escuro, cinza ou castanho. Os acidentes lunares são de difícil observação.
2 Eclipse vermelho-escuro, com uma zona escura no centro da sombra e uma borda exterior da sombra clara.
3 Eclipse vermelho-tijolo. A sombra fica rodeada por uma zona clara de tom cinzento ou amarelo.
4 Eclipse muito claro, de cor vermelha ou alaranjada. Borda da sombra brilhante, de tonalidade azul.

Fonte: www.planetario.ufrgs.br

Eclipses

ECLIPSES LUNARES

GEOMETRIA

Eclipses

O que é um eclipse da Lua?

É o alinhamento do Sol, da Terra e da Lua, tal que alguma região da Lua atravessa a sombra da Terra. Eclipses da Lua somente podem ocorrer na Lua cheia, quando a Lua se encontra na posição oposta à do Sol no céu.

Eclipses

Por que o aspecto da Lua varia muito de um eclipse para outro?

Porque ele depende principalmente da trajetória que a Lua descreve dentro da sombra, a qual pode variar de um eclipse para outro. Além disso, a Lua descreve uma órbita elíptica em torno da Terra, se apresentando 12% maior em diâmetro, quando se encontra mais próxima (perigeu), do que quando está mais afastada. Por sua vez, a órbita elíptica que a Terra descreve em torno do Sol faz com que o disco solar aparente se apresente 3% maior em janeiro do que em junho. Uma vez que as dimensões da sombra da Terra dependem dos raios aparentes da Lua e do Sol, elas também variam a cada eclipse.

Quais são os tipos de eclipses lunares ?

Eclipses Penumbrais

Quando a Lua passa pela penumbra, mas não cruza a umbra, diz-se que o eclipse é penumbral. Esse tipo de eclipse passa despercebido na maioria das vezes. Somente quando a Lua fica com mais de 60% do seu disco imerso na penumbra, é que um leve escurecimento do seu disco se torna perceptível a olho nu.

Eclipses Umbrais

Os eclipses lunares umbrais são aqueles, nos quais, uma parte do disco lunar cruza a umbra. Eles podem ser parciais ou totais, dependendo se a Lua fica parcial ou totalmente imersa na umbra. Além disso, se algum ponto do disco lunar passar pelo eixo (centro) da sombra, diz-se que o eclipse é central. Somente eclipses totais podem ser centrais, porque o raio da umbra é sempre maior que o diâmetro aparente da Lua.

Além do tipo, quais são os outros parâmetros que descrevem um eclipse lunar?

É comum usar-se a expressão “magnitude do eclipse” (Mag), que é a fração máxima do diâmetro da Lua que fica obscurecida. Se ela for igual ou superior a 1, o eclipse será total, sendo que a diferença (Mag – 1) informa a distância mínima no meio do eclipse entre a borda lunar mais externa e a borda da umbra, expressa em termos do diâmetro aparente da Lua. Um valor Mag=1,2 indica que, no meio do eclipse, a borda da Lua mais próxima da borda da umbra distará dessa última 20% do diâmetro lunar aparente.

FREQÜÊNCIA

Por que não ocorre um eclipse lunar a cada Lua cheia?

O tempo que separa 2 Luas cheias consecutivas é de 29,5 dias, contudo os eclipses lunares não ocorrem todo mês. Por que? Isso somente aconteceria se a órbita da Lua ao redor da Terra estivesse no mesmo plano da órbita da Terra ao redor do Sol. Contudo, como a órbita da Lua está inclinada um pouco mais de 5 graus em relação à da Terra, o satélite natural da Terra somente cruza a órbita do nosso planeta 2 vezes por mês em dois pontos denominados “nodos”. Todo o resto do tempo, a Lua fica acima ou abaixo do plano de órbita da Terra. Dessa forma, a condição para a ocorrência de um eclipse lunar é que a Lua cheia aconteça próxima a um dos nodos. Essas épocas favoráveis à ocorrência de eclipses ocorrem duas vezes por ano e são espaçadas de quase 6 meses.

Quais eclipses ocorrem com maior freqüência, os solares ou os lunares?

Na segunda figura, vemos que o segmento de arco onde podem ocorrer eclipses é mais extenso do lado da órbita lunar mais próximo ao Sol que do lado oposto. Essa configuração geométrica favorece a ocorrência de um número maior de eclipses solares do que lunares, na mesma proporção da extensão dos arcos. Dessa forma, de cada 8 eclipses 5 são solares.

Mas, se isso acontece, como se explica que vemos mais eclipses lunares que solares?

Por que, enquanto um eclipse lunar pode ser visto em todos os lunares da Terra onde a Lua se encontra acima do horizonte, os solares somente são observáveis de dentro de uma estreita faixa do hemisfério iluminado.

Quantos eclipses podem ocorrer por ano?

Com relação aos eclipses lunares, podem ocorrer de zero a 3 eclipses umbrais por ano. Com relação aos solares, podem ocorrer, no mínimo, 2 e, no máximo, 5 eclipses por ano. Sendo assim, são esperados anualmente em todo o mundo, 2 eclipses (solares) no mínimo e, no máximo, 7 eclipses (sendo 5 solares e 2 lunares ou 4 solares e 3 lunares). Em 1982, por exemplo, houve 7 eclipses, sendo 4 solares e 3 lunares totais.

Os eclipses voltam a ocorrer com condições parecidas depois de um tempo? Sim, existe uma notável coincidência que faz com que a Terra e a Lua reproduzam praticamente a mesma geometria de um dado eclipse a cada 18 anos, 11 dias e 8 horas. Esse período é chamado Ciclo de Saros. Dois eclipses separados por esse período ocorrem sob circunstâncias muito parecidas: praticamente na mesma posição do nodo, quase na mesma distância Terra-Lua e na mesma época do ano. Porém, não ocorrem no mesmo lugar, porque o intervalo entre eles não é um número inteiro de dias, de forma que a diferença de 8 horas permite que a Terra gire 1/3 de volta, causando uma diferença em longitude de aproximadamente 120 graus. Num dado instante, dezenas de séries de Saros estão em andamento. No início de uma série, os eclipses são penumbrais, depois passam a ser parciais, em seguida totais, depois parciais novamente e, no final da série, penumbrais de novo. Uma série de Saros típica pode incluir mais de 70 eclipses e durar mais de 1300 anos.

MEDINDO A SOMBRA DA TERRA

A atmosfera da Terra também influencia nas dimensões da sombra terrestre?

Em 1702, Pierre de La Hire observou que precisava aumentar em aproximadamente 2% o raio calculado da umbra para que seus cálculos, os quais consideravam apenas a parte sólida da Terra, reproduzissem as observações. Ele atribuiu a diferença à influência da atmosfera terrestre. Desde então, os cientistas têm investigado como nossa atmosfera age para alterar as dimensões da sombra terrestre, que parecem variar de um eclipse para outro.

Podemos medir as dimensões da umbra durante o eclipse?

Sim, usando pequenos telescópios e baixos aumentos (de 40 a 60 vezes), devemos registrar os instantes em que a borda da umbra toca as bordas (limbo) da Lua ou cruza o centro das principais crateras lunares. Esses instantes denominam-se contatos. O resultado das análises fornece o raio médio observado da umbra, o qual pode ser comparado com o raio calculado, sendo sempre maior que esse último. A diferença corresponde à ampliação causada pela atmosfera da Terra. Além do raio, o achatamento da umbra também pode ser determinado de forma aproximada a partir das cronometragens dos contatos.

O que os astrônomos brasileiros estão aprendendo com as cronometragens?

A análise de aproximadamente 1500 cronometragens obtidas por astrônomos amadores da Rede de Astronomia Observacional (REA) já forneceu interessantes conclusões sobre o raio e achatamento da umbra. Uma delas é que a camada da nossa atmosfera que contribui para formar a sombra da Terra alcança 91 km no Equador. Outra conclusão é que essa camada é bem mais baixa nos pólos do que no Equador, porque ela se apresenta bem mais achatada do que a forma geóide do nosso planeta.

O BRILHO DA LUA DURANTE O ECLIPSE

Por que conseguimos ver a Lua, mesmo quando ela está totalmente imersa na sombra da Terra? Porque a atmosfera da Terra filtra (atenua) e desvia (refrata) os raios solares para o interior da umbra. A luz que iria direto para a borda da umbra é aquela que é desviada para o seu interior fazendo-a brilhar debilmente durante a fase total do eclipse.

Por que a Lua se apresenta predominantemente avermelhada durante a fase total do eclipse?

Porque a atmosfera da Terra permite que a luz vermelha a atravesse muito mais facilmente que a azul.

Por que o brilho da Lua totalmente eclipsada varia de um eclipse para outro?

Por que ele depende da trajetória que a Lua descreve dentro da umbra. Quanto mais profundamente a Lua mergulha na sombra, mais escura ela fica. É normal que esse brilho se reduza em dezenas de milhares de vezes durante um eclipse total. Além disso, se houver grandes quantidades de aerossóis vulcânicos na estratosfera, o eclipse poderá ser bem mais escuro do que o previsto. Isso aconteceu com os eclipses lunares de 1992 e 1993 em virtude da violenta explosão do Monte Pinatubo em Junho de 1991 nas Filipinas. Na verdade, durante a fase total de um eclipse, a Lua se transforma numa imensa tela muito sensível, que mostra com nitidez o que ocorre com a nossa atmosfera. Mesmo vastas formações de nuvens ou incêndios florestais podem escurecer as partes mais internas da umbra. Além disso, os modelos de computador usados para simular a sombra mostram que mesmo a depleção da camada de ozônio em altas latitudes pode alterar as dimensões da umbra e a nitidez de sua borda. Astrônomos brasileiros têm monitorado o brilho da Lua durante os eclipses para determinar a presença de grandes quantidades de cinzas vulcânicas na estratosfera e aperfeiçoar as previsões de brilho dos eclipses lunares.

Helio C. Vital

Fonte: www.geocities.com

CHUVAS



A energia que faz a chuva vem do sol.

Esquenta e ilumina o planeta provocando evaporação das águas, fotossíntese e evapotranspiração das plantas, etc.

Esta umidade vai sendo acumulada no ar.

A simples existência do calor do sol provoca movimentação das massas de ar formando alguns tipos de ventos, e a radiação solar diferenciada pelo giro da terra forma outros, que se misturam e interagem.

Uma quantidade imensa de água paira invisível sobre nossas cabeças.

Está em toda parte, inclusive entre seus olhos e a tela do seu computador.

Entra e sai de nossas narinas, etc..

Esta água é denominada umidade relativa do ar.

É ela que, sob certas circunstâncias, forma nuvens e depois cai sob a forma de chuva.

A umidade relativa do ar

A umidade do ar é dita relativa, porque se relaciona com a temperatura do ar.

Isto se dá de forma diretamente proporcional, ou seja:

Quanto maior a temperatura do ar,
maior sua capacidade de conter umidade

É fácil percebermos se está alta ou baixa, pendurando roupa úmida no varal, à sombra.

Se a roupa secar logo, é porque "coube" facilmente mais umidade no ar, ou seja, o ar estava com baixa umidade relativa

É importante considerar a velocidade do vento, que quanto maior, tanto mais renova o ar que passa imediatamente próxima ao tecido, apressando a evaporação da água.

Um dos aparelhos utilizados para medir a umidade relativa, a que dá-se o nome de psicrômetro, consta simplesmente de dois termômetros iguais, mas um deles tem um cadarço úmido envolvendo o seu bulbo. (A outra ponta do cadarço está num pequeno vaso com água, para que todo o cadarço permaneça úmido).

Seu princípio físico de funcionamento é mais ou menos assim: quando a água vai evaporando do cadarço, passa de estado líquido (do cadarço) para o estado gasoso (para o ar). Nesta passagem de estado, há um consumo de energia térmica.

Este mesmo processo é utilizado por algumas espécies de animais, para que possam perder calor, o que chamamos comumente de suor.

Para se saber então, a umidade relativa do ar naquele momento, basta que se tome a diferença de temperatura entre os dois termômetros, e se confira o resultado em uma tabela pré-estabelecida que relaciona a temperatura com a umidade.

Daí, obtemos a chamada Umidade Relativa do Ar.

A formação das nuvens

As nuvens se formam pela perda da capacidade do ar de conter umidade.

Isto ocorre normalmente, quando massas de ar que estão com alta umidade relativa, sofrem resfriamento.

Na atmosfera, isto se dá normalmente pela elevação destas massa de ar.

Ao subir, o ar vai se expandindo pela diminuição da pressão atmosférica.

Esta expansão, desconcentra calor, resfriando-o.

À medida que o ar vai se resfriando, ele vai perdendo a capacidade de conter umidade, ou seja, sua umidade relativa vai aumentando até chegar a 100% da sua capacidade.

Daí para frente, a umidade começa a aparecer sob a forma de pequenas gotículas de água que pairam no ar, levadas pelos ventos.

Quando o fenômeno ocorre a certa altura, chamamos de nuvem, quando está próximo do chão, chamamos de neblina, serração, névoa, etc..

Se o processo continuar se intensificando, haverá a precipitação da umidade em forma de chuva.

Tipos de chuvas

É muito simples identificar os tipos de chuvas, e prever sua ação e duração.

Veja a seguir:

A elevação das massa de ar, na América do Sul, ocorrem comumente de três formas, as quais originam os três tipos básicos de chuva.

São eles:

Chuva Convectiva

Características

Típica chuva de verão, com grande intensidade e curta duração (é menos comum no inverno). Pode produzir ventos locais e muitos raios. Ocorre pela formação de "corredores" verticais de ar, provocados pela elevação de massas de ar quente.

Como se forma

Quando o sol aquece a terra, formam-se células convectivas. Estas células são imensas massas de ar aquecido na superfície da terra, que iniciam uma subida em algum local.

Esta subida tende a puxar para cima mais ar aquecido da superfície da terra. O ar aquecido que está subindo empurra para cima e para os lados o ar que está acima dele. Acelera-se o processo como numa ampla e gigantesca chaminé.

Por isto, estas nuvens tem um formato típico de cogumelo. São muito grandes, podendo ter dezenas de quilômetros de diâmetro, e vários quilômetros de altura.

Podem ocorrer isoladas (com céu azul em volta), o que é facilmente observado por pessoa que não esteja sob a imensa nuvem.

Quando o processo produz nuvens muito altas e de grande energia cinética, criam ambiente ideal para formação de granizo.

Apresentam grande atividade elétrica interna, com infinidades de raios e violentos ventos verticais e turbulências diversas. São um enorme perigo para aeronaves.

Podem produzir grandes diferenças de potencial elétrico com a terra, possibilitando intensa ocorrência de raios.

É uma nuvem muito sonora e relampagueante.

Chuva Frontal

Características

É uma chuva de menor intensidade, com pingos menores, e de longa duração. Pode ocorrer por vários dias, apresentando pausas e chuviscos entre fases mais intensas.

Na metade sudeste do continente, pode ocorrer em qualquer época do ano, mas tem maior duração nos meses frios, quando os fenômenos atmosféricos são menos intensos.

Pode produzir ventos fortes e grande quantidade de raios. Ocorre em uma imensa área simultaneamente.

Como se forma

Ocorre pelo encontro de duas grandes massa de ar. Uma quente e úmida, estacionária ou vinda do quadrante norte, outra fria, vinda do quadrante sul.

A frente fria, mais densa, entra por baixo, levando para cima a massa de ar quente.

Quando esta massa de ar quente possui elevada umidade relativa, a chuva é iminente.

A intensidade dos fenômenos (chuvas, ventos, raios), depende da intensidade dos elementos envolvidos (velocidade dos deslocamentos, umidade e temperatura das massas de ar). Frentes frias ocorrem comumente a cada 6 a 8 dias, e poderão ou não provocar chuva.

Chuva Orográfica

Características

Ocorre quando uma nuvem encontra um alto obstáculo em seu caminho, como uma grande elevação do terreno, cadeia de morros, serra, etc.

Como se forma

Para a massa de ar transpor o obstáculo, é forçada a subir. Aí ocorre aquela velha história: ar que sobe é ar que se expande pela menor pressão atmosférica, e ar que se expande é ar que "dilui" calor. Massa de ar que perde calor, perde junto a capacidade de conter umidade, o que gera nuvens e em segmento, chuva. Daí a grande incidência de nebulosidade e chuvas, muitas vezes torrenciais, nas altas encostas dos morros.

Estas nuvens podem provocar tempestades elétricas perigosas, pela proximidade da terra com as nuvens, sobretudo quando ocorre juntamente com outro tipo de chuva (frontal, convectiva).

Fonte: www.cepen.com.br

Chuvas

Introdução

As águas de drenagem superficial são fundamentalmente originárias de precipitações pluviométricas cujos possíveis transtornos que seriam provocados por estes escoamentos, devem ser neutralizados pelos sistemas de drenagem pluviais ou esgotos pluviais.

As precipitações pluviométricas podem ocorrer tanto da forma mais comum conhecida como chuva, como em formas mais moderadas como neblinas, garoas ou geadas, ou mais violentas como acontece nos furacões, precipitações de granizo, nevascas, etc.

No entanto nas precipitações diferentes das chuvas comuns as providências coletivas ou públicas são de natureza específica para cada caso.

Tipos de Chuva

São três os tipos de chuvas para a Hidrologia:

  • Chuvas convectivas
  • Chuvas orográficas
  • Chuvas frontais

As convectivas são precipitações formadas pela ascensão das massas de ar quente da superfície, carregadas de vapor d'água. Ao subir o ar sofre resfriamento provocando a condensação do vapor de água presente e, consequentemente, a precipitação. São características deste tipo de precipitação a curta duração, alta intensidade, freqüentes descargas elétricas e abrangência de pequenas áreas.

As chuvas orográficas são normalmente provocadas pelo deslocamento de camadas de ar úmido para cima devido a existência de elevação natural do terreno por longas extensões. Caracterizam-se pela longa duração e baixa intensidade, abrangendo grandes áreas por várias horas continuamente e sem descargas elétricas.

As chuvas frontais originam-se do deslocamento de frentes frias ou quentes contra frentes contrárias termicamente, são mais fortes que as orográficas abrangendo, porém, como aquelas, grandes áreas, precipitando-se intermitentemente com breves intervalos de estiagem e com presença de violentas descargas elétricas.

Medição de Chuva

Dois aparelhos são comumente empregados nas medições das chuvas. São eles o pluviômetro e o pluviógrafo. O pluviômetro é mais utilizado devido a simplicidade de suas instalações e operação, sendo facilmente encontrados, principalmente nas sedes municipais.

No pluviômetro é lido a altura total de água precipitada, ou seja, a lâmina acumulada durante a precipitação, sendo que seus registros são sempre fornecidos em milímetros por dia ou em milímetros por chuva, com anotação da mesma dependendo da capacidade e do capricho do operador ( Figura Abaixo )

Pluviômetro
Instalação de um pluviômetro

O pluviógrafo é mais encontrado nas estações meteorológicas propriamente ditas e registra a intensidade de precipitação, ou seja, a variação da altura de chuva com o tempo. Este aparelho registra em uma fita de papel em modelo apropriado, simultaneamente, a quantidade e a duração da precipitação. A sua operação mais complicada e dispendiosa e o próprio custo de aquisição do aparelho, tornam seu uso restrito, embora seus resultados sejam bem mais importantes hidrologicamente (Figura abaixo).

Pluviógrafo
Pluviógrafo: esquema de funcionamento

Para projetos de galerias pluviais devem ser conhecidos as variações da altura de chuva com o tempo. Isto só é possível através de medições via pluviógrafos.

Um pluviógrafo é constituído de duas unidades, a saber: elemento receptor e elemento registrador. O receptor é semelhante ao de um pluviômetro comum diferindo, apenas, quanto a superfície receptora que é de 200cm2, ou seja, a metade da área do pluviômetro. O elemento registrador consta de um cilindro oco, dentro do qual fica instalado um equipamento de relojoaria que faz girar um pequeno carretel situado sob o fundo do cilindro. Este cilindro gira uma volta completa em 24 horas, o que permite a mudança diária do papel com os registros de precipitações ocorridos, bem como o arquivamento contínuo para possíveis consultas futuras dos dados registrados.

Entre os vários modelos conhecidos, o mais empregado no Brasil é o de Hellmann-Fuess ( Figura Abaixo )

Pluviógrafo
Pluviógrafo: esquema de instalação
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Pluviógrafo de Hellmann-Fuess
Esquema do pluviógrafo de Hellmann-Fuess

Durante uma precipitação sobre o receptor a água escorre por um funil metálico 2, até o cilindro de acumulação 3. Neste cilindro encontra-se instalado um flutuador 4 ligado por uma haste vertical 6 a um suporte horizontal 9, que por sua vez possui em sua extremidade uma pena 8 que imprime sobre o papel do cilindro de gravação 5 a altura acumulada de água no cilindro de acumulação 3. Deste último, também parte um sifão 11 que servirá para esgotamento da água quando esta atingir uma altura máxima, despejando o volume sifonado em um vasilhame 10 localizado na parte inferior da instalação. Essa altura máxima é função da capacidade de registro vertical no papel, ou seja, quando a pena atinge a margem limite do papel, imediatamente ocorre o esgotamento, possibilitando que a pena volte a margem inicial continuando o registro acumulado.

Intensidade de Chuva

É a quantidade de chuva por unidade tempo para um período de recorrência e duração previstos. Sua determinação, em geral, é feita através de análise de curvas que relacionam intensidade/duração/frequência, elaboradas a partir de dados pluviográficos anotados ao longo de vários anos de observações que antecedem ao período de determinação de cada chuva.

Para localidades onde ainda não foi definida ou estudada a relação citada, o procedimento prático é adotar-se, com as devidas reservas, equações já determinadas para regiões similares climatologicamente.

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br


Chuvas

Normalmente, quando cai água, vinda das nuvens, chamamos a isso: chuva. Mas esta palavra pode ter outros sinónimos. Assim, em Geografia (e não só) utiliza-se antes as palavras: precipitação, ou pluviosidade.

A chuva, ou melhor, as precipitações, não são iguais em todo o planeta, nem sequer estão distribuídas pelo planeta da mesma maneira....há locais que as precipitações são devido a determinados fatores, e noutros locais são devido a outros....Também há locais do mundo em que há muita precipitação e outros locais em que quase não há precipitações.

A melhor maneira de observarmos estas diferenças na distribuição das precipitações, no nosso planeta, é através de mapas de isoietas (que são linhas que unem locais com o mesmo valor de precipitação)

Convém lembrar que as precipitações podem ser no estado líquido ou sólido. As no estado líquido, é a chuva "normal" ...às no estado sólido, chamamos neve, granizo, saraiva


Figura 1 - Distribuição das precipitações no mundo
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A figura 1 mostra a distribuição das precipitações no mundo. Repara bem na figura: os locais mais escuros indicam as regiões com maiores valores de precipitação, enquanto que os locais mais claros (a amarelo), mostram os locais com poucas precipitações.

Não é por acaso que os locais com mais precipitação se situam ao longo do paralelo do Equador

Também não é por acaso que os locais com menos precipitações se situem (dum modo geral) sobre os paralelos dos trópicos.

Compara o mapa de isoietas com a figura 2, que mostra a circulação geral da atmosfera.


Figura 2- Baixas Pressões ( - ) e Altas Pressões ( + )
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Na figura 2, podemos observar:

As baixas pressões, representadas com o sinal -

As altas pressões, representadas com o sinal +

Os principais ventos que sopram SEMPRE das altas para as baixas pressões e que sofrem um desvio para a direita, se estiverem no Hemisfério Norte, e para a esquerda, se estiverem no Hemisfério Sul

Para já, comparando as duas imagens, convém verificar que:

Nas regiões equatoriais, que são as mais pluviosas, existem principalmente baixas pressões e que os ventos alísios vão para o Equador

Nas regiões tropicais, que são as menos pluviosas, existem principalmente altas pressões.

Tipos de Chuvas

Existem quatro principais tipos de chuvas.

Estão representados 3 desses tipos de chuvas:

Assim, na imagem:

Chuvas orográficas
Chuvas orográficas

A - corresponde a chuvas orográficas, ou chuvas de relevo.

O ar, enquanto se desloca, é forçado a subir devido a uma grande elevação (por exemplo uma montanha ou uma serra).Enquanto vai subindo pela elevação, vai arrefecendo (porque já sabes que conforme a altitude aumenta, a temperatura diminui). Se continuar a subir, vai-se formar condensação e, se continuar a subir e a arrefecer mais, passsa da condensação para a precipitação

B - corresponde a chuvas convergentes.

Chuvas convergentes
Chuvas convergentes

Neste tipo de chuvas, o que obriga o ar a subir é a convergência ventos.Convergência significa aproximação. Ou seja, existem ventos que se aproximam e, em vez de "chocarem" um com o outro, sobem. Experimente colocares as mãos em cima da mesa e aproxima uma da outra até a ponta dos dedos se tocarem.....continua a fazer força. Hás-de reparar que a tendência é a que os dedos se comecem a levantar

Ora o mesmo se passa com os ventos, e quando começam a subir, acontece o tal processo... vão subindo...vão arrefecendo....dá-se a condensação...e depois dá-se a precipitação.

Repara mais uma vez na figura 2. Nas regiões equatoriais, há a convergência dos ventos alísios, vindos das altas pressões subtropicais, para as baixas pressões equatoriais. Eles juntam-se na região equatorial. e não podem passar um pelo outro, porque é sabido que os ventos sopram sempre das altas para as baixas pressões. Ora se eles passassem um pelo outro, já soprariam das baixas para as altas e isso não pode acontecer.

C - correspondem a chuvas frontais.

Chuvas frontais
Chuvas frontais

O ar é forçado a subir por uma superfície frontal. As superfícies frontais, são como que um limite entre duas massas de ar diferentes. Dum lado está ar quente, do outro lado está ar frio. A superfície funciona como se fosse uma cunha. O ar é obrigado a subir pela superfície, conforme vai subindo vai arrefecendo....ao arrefecer, dá-se a condensação e depoisdá-se a precipitação.

Chuvas convectivas

Não estão representadas na figura. Acontecem quando uma masssa de ar passa sobre uma superfície bastante quente. Sabes o que acontece ao ar quente? Pois é, sobe! Já viste de certeza alguns balões de ar quente. Mas o ar quente ao subir, também vai arrefecendo. E o processo é igual aos anteriores....conforme vai subindo, vai arrefecendo, e mais cedo ou mais tarde (se continuar a subir) irá provocar precipitação


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Conclusão

O processo das chuvas é sempre o mesmo:

1º - o ar sobe
2º - conforme sobe, vai arrefecer
- conforme vai arrefecendo, vai-se dar a condensação
- se continuar a subir e a arrefecer, passa da condensação para a precipitação.

O que é diferente, são as maneiras que "obrigam" o ar a subir: podem ser as elevações (chuvas orográficas), podem ser as baixas pressões (chuvas convergentes), podem ser as superfícies frontais (chuvas frontais), ou podem ser superfícies demasiado quentes (chuvas convectivas).

Fatores que influênciam as precipitações

Além do relevo (altitude) que pode originar as chuvas orográficas, e dos centros de pressão, que podem originar as chuvas convergentes, há outros fatores que podem influenciar as precipitações

A continentalidade, que tem a ver com a proximidade ou afastamento em relação ao litoral, vai influenciar também as precipitações. Pode ver-se facilmente pela figura 1, que são os locais com menor continentalidade (mais próximos do litoral) que são mais sujeitos a precipitações. Isto acontece, porque são as áreas costeiras que são mais afectadas por ventos húmidos, que percorreram um longo trajecto sobre os oceanos e assim ficaram mais "carregados" de humidade. Portanto é natural que sejam as áreas costeiras umas das mais pluviosas.

A exposição geográfica também afecta as precipitações.

Isto tem a ver com os relevos concordantes ou discordantes. Mas o que é isto de concordantes e discordantes?

Diz-se que o relevo é concordante quando está disposto ("alinhado") com a linha de costa. Isto vai fazer com que os ventos vindos do litoral não o consigam contornar, sendo então obrigados a "subir pelo relevo", originando assim chuvas orográficas.

Esta é uma das razões que as áreas de menor continentalidade sejam mais pluviosas.

Por outro lado, diz-se que o relevo é discordante, quando o relevo (as montanhas) estão dispostas, ou "alinhadas" mais ou menos perpendicularmente, à linha de costa. [ver últimas figuras]. Isto vai fazer com que os ventos húmidos vindos do mar, consigam passar entre as montanhas.

Deste modo, é mais difícil que haja precipitações junto ao litoral, havendo precipitações mais para o interior (provocadas por outros fatores).

Fonte: www.geofredo.educacao.te.pt


Chuvas

Precipitação atmosférica mais comum, a chuva é a principal causa da exuberância de paraísos ecológicos como a selva amazônica, o vale do Congo e o arquipélago indonésio, regiões de maior índice pluviométrico do planeta.

Chuva é uma precipitação atmosférica constituída por gotas de água de dimensões variáveis mas, para efeito de classificação meteorológica, superiores a meio milímetro de diâmetro. Como as demais precipitações, a chuva resulta da condensação, decorrente normalmente da ascensão de massas de ar, de gotículas de vapor d"água que se integram às nuvens e formam núcleos de alta densidade.

Origem e formação

A diferença fundamental entre as partículas das diversas precipitações atmosféricas e as contidas nas nuvens é seu tamanho: a massa de uma gota de chuva pode equivaler a um milhão de vezes a massa relativa a uma partícula aquosa de nuvem. O processo por que passam as partículas de precipitação desenvolve-se pela superposição de vários fenômenos físicos, entre os quais a sublimação, a condensação e a aglomeração de partículas, depois dos quais se dá a precipitação propriamente dita.

Durante a sublimação, formam-se nas nuvens aglomerados de pequenos cristais de gelo denominados núcleos de sublimação e que resultam da conversão direta do vapor de água em gelo. Esses cristais aparecem espontaneamente nas nuvens quando estas são submetidas a temperaturas inferiores a -15o C, embora o ponto exato de sua formação varie de acordo com sua natureza físico-química. Podem atingir temperaturas em torno de -40o C, mediante o sub-resfriamento da nuvem sob a ascensão brusca de massas de ar.

Na fase de condensação, pequenos núcleos formados a partir das soluções de cloreto de sódio evaporado da água do mar e de compostos sulfatados provenientes de reações químicas atmosféricas, favorecem o processo da precipitação.

Na fase seguinte, ocorre a aglomeração de partículas em torno dos núcleos de sublimação, graças a mecanismos de colisão e acumulação de moléculas em movimento no interior das nuvens. Quando se inicia a etapa da precipitação, as partículas da nuvem alcançam um peso tal que as impede de permanecer em solução coloidal pela ação das correntes de ar ascendentes, e caem sob o efeito da gravidade.

Classificação

Em geral, as chuvas se classificam, do ponto de vista técnico, em três grandes grupos, de acordo com a quantidade de líquido ao longo de um determinado intervalo de tempo denominado índice pluviométrico. A unidade de medida utilizada é o milímetro, que representa a altura relativa à quantidade de água precipitada sobre uma proveta graduada. Assim, as chuvas ligeiras são aquelas correspondentes a uma precipitação inferior a 2,5mm por hora; as moderadas, a índices de 2,8 a 7,6mm; e as pesadas, a índices superiores a 7,6mm.

Medições pluviométricas

A quantidade de precipitação pode ser medida pelos pluviômetros e registradores pluviométricos. O pluviômetro mais comum consta de um recipiente cilíndrico com vinte centímetros de diâmetro, de fundo afunilado, que transporta a água precipitada para um tubo também cilíndrico de cinqüenta centímetros de comprimento e cuja seção é de 1/10 da do recipiente. Assim, para cada 2,5cm de chuva, a água terá 25cm de altura no tubo, o que propicia medições de quantidades precipitadas com bastante precisão.

O tubo é ligado a uma escala graduada, e o funil receptor se ajusta a um recipiente externo, de vinte centímetros de diâmetro, que conserva o excesso de água, pois o tubo interno só guarda cinqüenta centímetros de precipitação e, passado esse valor, transborda. No caso de registradores (pluviógrafos), o funil receptor tem, normalmente, 25cm de diâmetro. O peso da água retida num cilindro de vinte centímetros aciona uma mola, que transmite o movimento a um ponteiro, o qual o registra num cilindro giratório submetido a um mecanismo de relógio. À medida que a água se acumula, uma bóia na parte inferior do cilindro sobe, indicando a altura da precipitação dentro do tubo interno.

Distribuição geográfica

As zonas de maior pluviosidade são as que coincidem com as áreas de convergência do ar. Nesse sentido, distinguem-se quatro regiões distintas: equatorial, extratropical, montanhosa e anticiclonal. Na região equatorial, nota-se a convergência do ar tropical dos ventos alísios e do próprio ar equatorial, o que resulta em ascensão constante de ar quente e úmido. À medida que a corrente convectiva se eleva, arrefece e produz-se a condensação de cúmulus-nimbos, responsáveis pelas chuvas torrenciais de curta duração conhecidas como chuvas de convecção.

Já na região extratropical ocorrem zonas de convergência do ar quente de origem tropical e do ar frio polar, marcadas por depressões barométricas. Produzem-se chuvas ciclônicas provenientes ora do avanço do ar quente sobre o ar frio, ora do ar frio sobre o ar quente. Podem ser incluídas nesse tipo as chuvas da China central, as da monção de verão e as de inverno, resultantes das invasões ciclônicas que se deslocam em direção ao nordeste.

Nas regiões montanhosas, geralmente situadas perto do mar, como encostas em posição paralela ou oblíqua aos ventos úmidos, a precipitação aumenta com a altitude até certo nível, cujo limite varia com a latitude. Daí em diante, outras condições passam a prevalecer. Normalmente, as montanhas das latitudes tropicais e subtropicais, situadas nas costas orientais dos continentes, são bem mais favorecidas pelas chuvas do que as das costas ocidentais, nas mesmas latitudes.

Fato inverso se observa com as montanhas situadas em latitudes elevadas: as mais chuvosas se encontram junto às costas ocidentais, expostas aos ventos de oeste. O ar carregado de umidade, em sua ascensão, esfria-se ao condensar a umidade nele existente e então se precipitam, em aguaceiros persistentes ou em pancadas (conforme a origem do ar que se encontra com a montanha), as chuvas designadas como orográficas. Em contraposição, o ar que desce pela encosta do lado oposto é comprimido e por esse motivo aquecido adiabaticamente. Dessa forma, o tipo de clima da encosta interior se faz inteiramente diverso daquele que reina no outro lado.

Finalmente, consideram-se áreas anticiclonais as zonas de menor pluviosidade no globo, inclusive aquelas em que as chuvas praticamente não existem. O melhor exemplo é o do Saara, situado justamente na faixa tropical e que permanece constantemente sob a influência desse centro de ação atmosférica.

Fonte: www.biomania.com.br

CHUVAS

Ciclo Hidrológico

Ciclo Hidrológico
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A chuva éa forma principal pela qual a água retorna da atmosfera para a superfície terrestre, após os processos de evaporação/transpiração e condensação, completando assim o “Ciclo Hidrológico”.

A quantidade e a distribuição das chuvas definem o clima de uma região(seco ou úmido) e, juntamente com a temperatura do ar, define o tipo de vegetação naturalque ocorre nas diferentes regiões do globo e o potencial agrícola.

Condensação da água na Atmosfera

Chuva

Para que haja condensação na atmosfera, hánecessidade da presença de núcleos de condensação, em torno dos quais se foram os elementos de nuvem. O principal núcleo de condensação éo NaCl, óxido de enxofre ou fósforo, além do2-metiltreitol(reação do isoprenoemitido pela floresta com a radiação solar, formação das chuvas convectivasna região Amazônica)

Formação das Chuvas

Formação das Chuvas

O processo de condensação por si sónão écapaz de promover a ocorrência de precipitação, pois nesse processo são formadas gotículas muito pequenas,denominadas de elementos de nuvem, que permanecem em suspensão na atmosfera, não tendo massa suficiente para vencer a força de flutuação térmica.

Para que haja a precipitação deve haver a formação de gotas maiores, denominadas de elementos de precipitação, resultantes da coalescênciadas gotas menores, que ocorre devido a diferenças de temperatura, tamanho, cargas elétricas e também devido ao próprio movimento turbulento.

Tipos de Chuva

Chuva Frontal

Chuva Frontal
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Originada do encontro de massas de arcom diferentes características de temperatura e umidade. As frentes podem ser denominadas basicamente de frias ou quentes. Nesse processo ocorre a“convecção forçada”, com a massa de ar quente e úmida se sobrepondo àmassa fria e seca. Com a massa de ar quente e úmida se elevando, ocorre o processo de resfriamento adiabático, com condensação e posterior precipitação.

Características das chuvas frontais

Distribuição: generalizada na região

Intensidade: fraca a moderada, dependendo do tipo de frente

Predominância: sem horário predominante

Duração: média a longa (horas a dias), dependendo da velocidade de deslocamento da frente.

Chuva Convectiva

Chuva Convectiva

Características das chuvas convectivas

Distribuição: localizada, com grande variabilidade espacial

Intensidade: moderada a forte, dependendo do desenvolvimento vertical da nuvem

Predominância: no período da tarde/início da noite

Duração: curta a média (minutos a horas)

Chuva Orográfica

Ocorrem em regiões onde barreiras orográficas forçam a elevação do ar úmido, provocando convecção forçada, resultando em resfriamento adiabático e em chuva na face a barlavento. Na face a sotavento, ocorre a sombra de chuva, ou seja, ausência de chuvas devido ao efeito orográfico.

Fonte: www.ufpel.edu.br